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Os Quatro

Quais são as empresas mais impressionantes das últimas duas décadas? Algumas marcas devem ter pulado na sua cabeça. Independente de quem for questionado é quase certo que essas quatro aparecerão nas listas. Apple, Amazon, Facebook e Google. O que há de mágico nelas? Ou o que é de oculto que faz todas serem fenômenos em seus segmentos? Este é o ponto de partida do livro de Scott Galloway, professor da Stern School of Business em NYC. Cada capitulo desvenda suas histórias, modelos de negócio, estratégias e ações (algumas nada nobres). Em um estilo bem humorado e sem enfeitar a realidade ao redor dos quatro, este livro coloca cada marca como atendendo um desejo essencial humano. E desta forma criando um laço forte com seu público, um nível de dependência alto e um poder desmedido no segmento (e no mundo).

 

 

Um dia haverá um fim para os Quatro?

 

 

Ao contrário da tendência em proclamar um modelo para empresas infinitas, Scott não tem dúvidas que todos vão morrer. Inclusive os quatro. “O mundo dos negócios imita a biologia.” A questão não é se vão morrer, mas quando e nas mãos de quem. O que fez as empresas vencerem até aqui, não está garantindo ao futuro. No modelo vitorioso, alguns fatores são essenciais para chegar aos bilhões (e trilhões):

  • Diferenciação de produto: um dia a localização já foi diferencial, assim produtos, finanças, marcas e voltamos aos produtos (de forma ampla, pode estar na descoberta, no formato de compra, entrega, etc.).
  • Capital visionário: a capacidade de atrair capital barato, sobretudo quando seus concorrentes não tem essa possibilidade.
  • Alcance global: empresas dominantes não tem fronteiras, neste quesito a Apple está em vantagem (65% da receita vem de fora de seu país original) enquanto a Amazon ainda precisa avançar (32% para o mesmo indicador).
  • Carisma: quando você se torna um cara grande demais para se esconder e atrair a ira de legisladores e grupos de interesse é bom que você seja legal o suficiente para sair de situações difíceis.
  • Integração vertical: controlar a experiência do consumidor é crítico, já que depender de terceiros vai fazer um outro entregar (ou frustrar) a promessa.
  • Inteligência artificial: o uso de dados é a forma de se manter a frente dos outros e nisto os quatro possuem toneladas para usar (e abusar no pior sentido).
  • Acelerador de carreiras: a capacidade das empresas atrair os melhores talentos do mundo para suas hordas e assim derrotar os exércitos inimigos.
  • Vantagem geográfica: não é a toa que os quatros vem do mesmo país e nasceram em regiões aonde a integração empresarial e acadêmica pode gerar os melhores frutos.

 

Scott Galloway não é um romântico analista destas superpotências dos negócios. Muito pelo contrário. Ele questiona a concentração de poder, a evasão fiscal, a pífia geração de empregos em contraste com a massiva destruição de negócios. Um livro que te fará questionar muita coisa. Aproveite!

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