Competição é a força motora do mundo. Por mais que a igreja tentava pôr uma ordem superior à sociedade, Darwin desconstruía com a Origem das Espécies. E no cerne da sua idéia, a competição como dinâmica para a evolução. O território empresarial é apenas outra arena dessa luta interminável, aonde os competidores disputam espaços, sobrevivência e superioridade. Repetem uma coreografia já encenada inúmeras vezes. Mesmo estando presente na nossa genética, a competição é em alguns momentos desculpa ou crítica de alguns gestores, geralmente aqueles que estão em desvantagem na disputa. “O mercado está prostituído” é sua frase favorita.
Em poucos segmentos existe monotonia ou espaço para calmaria. Nos demais, cada % de participação, cliente, contrato, negociação são arduamente conquistados ou perdidos. Há ofertas para todos os tipos de clientes, há empresas que fazem qualquer negócio. E nesse cenário cruel, mas verdadeiro e sobre o qual construímos a evolução, alguns tratam de atacar afirmando que de nada adianta ter um bom produto ou serviço, pois afinal alguém sempre venderá mais barato. Essa frase já tem um componente falso em si, pois se você tem um bom produto/serviço e perde negócios para quem somente faz preço, o seu qualificador de superioridade em relação ao concorrente não é o suficiente para o cliente. Lembre-se que é ele que deve achar que o que sua empresa vende vale a pena.
Ofertas vão sempre existir, em diversas modalidades. Cabe a sua empresa manter o ouvido muito próximo do mercado e através de suas competências oferecer a melhor proposição de valor. Se apenas o preço define esse jogo, tente ver qual elemento ainda pode ser oferecido de forma única e superior. Mas não espere o mercado ficar mais tranquilo ou a concorrência e a competição desaparecerem. O tempo passará e no fim não haverá mais espaço para seu negócio, pois os clientes não esperarão. E seu telefone ficará definitivamente mudo.
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