O primeiro é o melhor. É o que um estudo conduzido por pesquisadores de Berkeley e Harvard encontrou. Depois de uma série de experimentos que incluíam mostrar imagens de criminosos para os grupos testados e solicitar a escolha de um a ser perdoado, os resultados mostraram que as pessoas tinham uma predisposição a preferir os primeiros.
Verdade já há muito tempo aceita. Os primeiros blocos de comerciais são mais caros, as primeiras páginas de revistas e jornais também. Mais recentemente, nas buscas na internet, aparecer nas primeiras opções passou a ser um objetivo importante para empresas e marcas. De fato, as pessoas são preguiçosas e tentam resolver seus problemas mais rapidamente de forma a irem para o próximo.
O ser humano fatia fino. Analisar o conjunto de informações disponível seria loucura e nos faria passar horas ou dias para tomar decisões prosaicas. Assim simplificamos sempre, seja escolhendo o primeiro, seja repetindo comportamentos sem questioná-los. Um desafio gigantesco para você, se não estiver no grupo de marcas preferido ou estiver escondido no último corredor na gôndola dos fundos.
Assim olhamos para um filme em cartaz no cinema. Caso Nicolas Cage seja a estrela principal, temos quase certeza que diversos atores do primeiro time recusaram o papel. E se isto aconteceu, é porque o roteiro e, por consequência o filme, é uma sonora porcaria. Poucos darão a segunda chance.
Furar essa bolha não é fácil. Geralmente custa muito dinheiro, já que os canais, sejam de comunicação ou distribuição, impõe barreiras financeiras importantes no seus postos mais nobres. Alcançar aquele espaço desejado de primeiro na mente do consumidor em determinada categoria, também é alvo para poucos. E em todos os casos cabe sempre perguntar se apenas o primeiro tem direito ao espaço dos vencedores? Facilita sim, mas não é o único caminho certamente. Basta olhar as pesquisas top of mind e comparar o sucesso de marcas que figuram longe daquele ranking. A vida às vezes ensina que o prestígio vale muito mais que a popularidade. Há esperança. Talvez menos para Nicolas Cage.
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