Alguns anos atrás recebi uma mensagem de final de ano. Em outras palavras dizia mais ou menos assim. Um outro ano passou. Tudo igual, mas diferente. A cada final do ano é a mesma coisa. Nesta época um turbilhão de lembranças nos vem à cabeça cada vez que pensamos em tudo aquilo que nos aconteceu. O ritmo alucinado do verão, dos projetos e trabalhos, das incríveis partidas de futebol (e aquelas que jamais aconteceram), dos amores que vieram, dos que se foram, das amizades que se revelaram, e daquelas que se ofuscaram. Lembramos dos presentes que demos e dos que recebemos, das vezes em que o telefone tocou sem parar e das em que ficou insuportavelmente mudo.
Depois de todas as lembranças ainda fica a sensação de que o ano passou rápido demais. Será que ele que passou rápido ou nós que estivemos imersos o tempo todo nas nossas vidas? E no fim de tudo chegamos à conclusão que foi um ano como todos os outros. Com aventuras, felicidades, erros e acertos, vitórias e derrotas. E grandes conquistas. Como cabe a toda vida que é realmente vivida na sua plenitude. Com todos os seus riscos e prêmios.
Mas ainda há uma coisa a ser feita este ano antes que ele acabe. É agradecer. Por tudo aquilo que tivemos, pelo que foi vivido, que foi lembrado (ou esquecido), sentido e realizado. E é aí que entram vocês. Nenhuma destas lembranças teve seu espaço sozinha. Nenhum dos sonhos foi solitário. Todos os momentos tiveram e tem a participação de vocês. Na palavra, no gesto, no olhar, no ombro, no comentário ou pelo botão curtir. Seja ao lado, ou seja ao longe (essa internet nos ajuda muito).
Por enquanto 2012 ainda é um enigmático conjunto de números, do qual muito pouco sabemos. Mas desejo que nele continuemos a ter estes momentos. Que tenhamos mais sucesso, festas, viagens, desafios cumpridos, folclores para contar e rir, grandes textos, amigos para compartilhar, promessas a cumprir (e a quebrar), saúde, novos negócios e dinheiro. E o desejo de um ano cheio de novas lembranças. Como este que se vai. É isso gente. Novos sonhos e esperanças. Tudo igual, mas diferente.
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