Qual é o tempo de vida da sua empresa? A não ser que tenha poderes sensoriais ou deseje fechá-la em data determinada, a resposta não existe. Isto porque o desejo de todo empreendedor é prolongar a longevidade de seu negócio. Manter a relevância para o público, buscar a lucratividade, alcançar o retorno do investimento. São indicadores que guiam empresas e a partir daí estabelecem horizontes de tempo para serem alcançados. Muitas das metas são contínuas. Afinal, perder relevância e valor para os clientes pode te tirar do mercado. A falta de lucro, com o tempo, asfixia a empresa. Não ter retorno do investimento, afugenta os investidores.
Por que para a marca tudo é para hoje?
Do outro lado, a marca. A face visível do seu negócio. A forma como a empresa se relaciona com seus públicos, sejam internos ou externos. A marca precisa ser a alavanca do negócio. Ser conhecida e reconhecida, atrair pessoas, mostrar diferenciação e gerar resultados. Demandas tão importantes merecem uma atenção especial. Em grande parte, estes objetivos ficam diretamente ligados com o sucesso da empresa. Pois ser desconhecida, nada atraente e sem qualquer diferenciação parece ser o elixir adequado para fracassar. Então com olhos para viabilizar qualquer empreendimento, grande parte do foco em marca acaba sendo essencialmente comercial e de curtíssimo prazo. O hoje reina absoluto. A marca é vista como um fator para vender mais hoje. Ajudar nas metas comerciais e converter mais clientes.
Se negócios olham para o futuro, marcas devem fazer o mesmo
Quando falamos de branding, estamos sempre olhando de um modo mais amplo. Sobretudo com o enfoque no negócio, cuja longevidade e vitalidade são 2 fatores essenciais. No entanto, o contexto de visão imediatista sobre marcas acaba por gerar um olhar diferente. Por exemplo, a própria palavra estratégia acaba por ser desvirtuada. Em grande parte de seu uso, a ação pode significar tudo, menos estratégia de fato. Não há escolhas de caminhos definitivos. Não há sins muito menos nãos. Apenas um conjunto de táticas para serem colocadas em ação e testadas. Se derem certo, repetidas. Ao contrário, jogadas fora. De forma mais reducionista ainda, estas táticas olham apenas para comunicação, entendendo que marca é apenas o fenômeno de dar publicidade para o negócio. Não é por acaso que muitas agências de publicidade acabam falando de branding, sem saber exato o que significa. E por fim, para eliminar qualquer ligação mais profunda (e fundamental) entre sua marca e negócio, é posto um digital na frente da palavra comunicação. O que poderia ser relevante agora passou a ser bem pequeninho.
Escolha a sua corrida, vai envolver onde pode chegar
Se a sua prova for aquela de 100 metros. Medida em centésimos de segundo. Rápida como um piscar de olhos. Velocidade é mais importante que qualquer pensamento. Não há branding. Sem estratégias, apenas comunicação e a palavra digital onipresente. Depois de 10 segundos você terá que inventar algo mais para fazer. Do outro lado, há uma outra pista. Essa mais longa, seus olhos não alcançam nenhuma linha de chegada. Segundos? Não, são anos a medida de tempo. Aqueles mesmos anos (e décadas) que você deseja que seu negócio dure e prospere. Uma corrida talvez infinita. Aonde sua vitória vai ser conquistada pouco a pouco. Aqui é preciso estratégia. Enxergar além da comunicação, como por exemplo, seu produto, serviço, precificação, distribuição. E claro, saber que nem sempre o digital mágico irá resolver tudo.
Pronto para aceitar a competição?
Construir negócios é também construir marcas. Ambos se alimentam. E quando colocados em perspectiva de tempo diferente, fracassam. Claro que fluxo de caixa, vendas e ações táticas que geram negócios são importantes e urgentes. No entanto, não excluem a visão de longo prazo. Afinal seu negócio não vai acabar esta semana ou no período fiscal atual. Vislumbrando este horizonte mais extenso, pelo qual seus planos e objetivos mais profundos se realizam, a marca deve ser aquela proteção e ímā para permitir manter a prosperidade. Sempre trabalhando o hoje e construindo o amanhã. Conectada comercialmente e ligada à perpetuidade da sua empresa.
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