No final da década de 60, o México percebeu que o turismo crescia a taxas mais interessantes que as exportações. Então foi encomendada uma pesquisa para identificar quais áreas do país tinham potencial de serem desenvolvidas neste sentido. Uma delas, era uma estreita faixa de areia em formato do número 7, com praia e areia extraordinárias, água com temperatura aprazível, uma laguna que permitia controlar fauna nociva e um alinhamento que possibilitava aos hotéis se instalarem lado a lado de frente para o mar paradisíaco. O lugar era conhecido como Kan Kun, Kankún ou Cancun.

No início dos anos 70, Cancun era um lugar de poucos pescadores, afastados do resto do mundo. A ilha teve que sofrer um alargamento de centenas de metros para comportar as vias, prédios e hotéis que seriam construídos. Como consequência do planejamento, os investimentos e o turismo começaram a se acelerar. Cancun rapidamente deixou a estrela dos anos 50 e 60 para trás, Acapulco, antes o destino favorito no México, caiu no ostracismo e no inferno do crime organizado. Já Cancun, com seus 21 quilômetros de praia recebe atualmente ao redor de 8 milhões de turistas estrangeiros. Só para título comparativo, o Brasil com mais de 8.000 quilômetros de praias (e com Amazônia, Pantanal, Foz do Iguaçu, Canyons e Chapadas) recebe anualmente em torno de 6 milhões de turistas estrangeiros.