Poucos anos atrás o autor John Izzo publicou o livro Five Secrets You Should Know Before You Die (traduzido no Brasil como Os cinco segredos de uma vida plena). Costumo iniciar algumas palestras com essas histórias, todas verdadeiras, extraídas de pessoas reais que chegaram à plenitude da vida (ou mais próximas da morte). As conclusões são reveladoras e provocativas, especialmente para quem está começando profissionalmente. A primeira conclusão que Izzo apresenta é que as pessoas não se arrependem de seus fracassos. A grande maioria lamenta não ter arriscado mais. Muitos seguem suas carreiras com medo do fracasso, mas o autor conclui que tentar e falhar é algo com o qual conseguimos lidar. As pessoas mais felizes sentiram que tentaram concretizar seus sonhos e cresceram, tanto na vida pessoal quanto profissional. Logo, o livro e suas histórias indicam que nos arrependemos mais por não ter tentado realizar um sonho do que falhando ao fazer isso.
O interessante é que amostra utilizada por Izzo procurou vasculhar uma série de etnias, origens, profissões diversas, montando um mosaico que pudesse fornecer uma riqueza de enfoques para seu estudo. E independente dessas características que as tornavam tão diferentes, as visões olhando para trás tinham diversos pontos em comum. Do barbeiro ao CEO havia um uníssono tom na reflexão. As escolhas envolvem renúncias sempre, no entanto devemos estar muito mais preocupados com aquilo que podemos alcançar do que com aquilo que talvez percamos pelo caminho. Interessante observar que a mais recente campanha do whiskey Jim Beam intitulada Bold Choice criada pela StrawberryFrog NYC trabalha exatamente esse conceito das escolhas que entrelaçam nossas vidas e nos tornam únicos, próximos ou distantes daquilo que desejaríamos ter sido, através de competente atuação de Willem DaFoe.
Entre tantas descobertas de Izzo, uma última lição aprendida das pessoas entrevistadas: status e poder não são aquilo do qual irão se lembrar quando olharem para trás. Em vez disso, muitas pessoas disseram que são as coisas para as quais se doaram e as pessoas cujo crescimento tiveram sua contribuição, que darão a elas a sensação de satisfação. No final o comentário do barbeiro sentenciou: “A definição de sucesso não é representado pelo dinheiro na sua carteira e sim pelo número de almas que você tocou.” E você, já fez suas, ousadas ou tímidas, escolhas?
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