Há lugares idealizados. Mais verdadeiros na nossa própria mente do que na realidade. Sítios bucólicos, cercados de paz e tranquilidade são uma dessas idealizações humanas. De verdade, a parte difícil e cruel das privações proporcionadas pelo distanciamento em algum lugar remoto são esquecidas. Afinal, a vida em centros urbanos coloca pressão, senso de urgência e uma velocidade que nos levam a pensar em fugas. Nem que sejam apenas mentais. No mundo das marcas, algo parecido acontece. Mas de forma oposta.

Sua marca pode ser líder em um pequeno sítio?

Liderar um mercado insignificante pode não representar nada. Pouca competição, baixa inovação, marcas parecidas entre si, consumidor com baixas exigências. Ser referência em um contexto sem referência é o mesmo que não ter referência. De repente, alguém se dá conta. Sim, uma hora o sonho de viver nesse sítio com luz, passa a ser um pesadelo. Sobretudo quando a energia elétrica começa a falhar e te deixar na mão. Aí será preciso desbravar outras terras, inclusive aquelas aonde a realidade é a oposta daquela que conhece. Inovação, competição, diferenciação, exigência. Como faz?

Equilíbrio nos investimentos na marca é a resposta!

Sim, antes tarde do que nunca, cuide de sua marca. E quando falamos de cuidar não estamos dizendo para começar enlouquecidamente a divulgação dela, justo aquilo que geralmente não era necessário antes. Há 3 aspectos críticos para fortalecer sua marca.

1. Posicionamento: envolve entender seu propósito, conhecer o mercado, desenvolver uma identidade e uma estratégia que te diferencie e resumir isso em uma posição que deseja ocupar na mente das pessoas.
2. Comunicação: utiliza a posição construída no ponto 1 e comunica para seus públicos, utilizando vários canais e mídias para chegar nas pessoas certas.
3. Ações: realiza diversos movimentos, também alinhados ao posicionamento, para construir evidências de que a marca é aquilo que dizer ser.

Os 3 cenários, entre o ideal, o comum e o recomendado

No cenário ideal, a energia (investimentos, recursos, foco) máxima deveria ser dadas nos 3 aspectos juntos, a fim de obter o máximo de resultado.

No entanto, quase sempre o ideal está do outro lado do arco-íris. Não existe. Então escolhas precisam ser feitas. Canalizar a energia, o dinheiro, as pessoas para algum lugar e deixar desguarnecido outra direção. E surge o cenário comum, geralmente desequilibrado, pensado para o curto prazo e para supostos resultados imediatos. O sacrificado, o posicionamento da marca. Uma escolha que leva a marca a ser ordinária no mercado.

Como contraponto, entre o ideal e o comum, há o equilíbrio. E ele traz muito mais resultado final proporcionalmente em relação ao cenário comum. Distribuir de maneira inteligente os recursos da empresa entre as 3 etapas. Sem posicionamento, não há base para comunicação e ações guiadas pelas razões certas para a marca.

Não há dúvidas que dar atenção em todos os aspectos gera maior retorno final. Cada centavo investido em comunicação e ações de marca terão sentido. Eles entregarão uma parte da promessa e das evidências que estão solidamente construídas na posição que ela deseja ter na mente das pessoas e no mercado. Desequilibrar as escolhas pode gerar muito barulho por nada. Se isso for uma constante no negócio, o tempo passa e nada foi construído. E quando se der conta, a única luz no sítio pode ser a do sol que já está se pondo.