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Factfulness

O quanto você conhece a respeito do mundo em que vive? E como este mundo irá mudar nos próximos anos? Pode estar preparado. Será desafiado a testar seus conhecimentos sobre questões básicas que envolvem as pessoas e suas condições de vida. Tudo começará com um teste de 13 perguntas. Será que se sairá melhor que os chimpanzés (média de 33% de acertos, as tais respostas aleatórias). Os autores têm como missão mostrar como é libertador o hábito de ter opiniões somente baseadas em fatos. Atualíssimo, avaliando que vivemos uma época aonde a imprensa quer se apresentar como dona da verdade (experimente ver como jornalistas são direcionados ou se saem nas mesmas perguntas), especialistas são julgados como vozes acima de qualquer contestação (vale o mesmo teste feito com a imprensa) e o mundo parece caminhar para o caos completo na próxima semana (tudo está errado e estamos na direção do fracasso). Pare um pouco, saia da onda e mergulhe nos fatos, análises e estatísticas.

 

 

Informações como um forma de terapia

 

 

Depois de passar pelo teste (ou não) você será convidado a um agradável roteiro de libertação. Não se considere um diferente. Na verdade, somos todos muito parecidos, inclusive os jornalistas e os especialistas. Somos humanos. E nesta condição agimos por instintos o que forma uma visão por muitas vezes distorcida da realidade. Os autores enumeram um conjunto deles:

1. Instinto de Separação: o mundo não é composto de 2 (nós e eles, os ricos e os pobres), como costuma ouvir por aí. Há mais diversidade que o incorreto dualismo, e nessa diversidade, grande parte da população vive no centro (entre ricos e pobres).

2. Instinto de Negatividade: o mundo não está indo pior e as pessoas não estão ficando mais pobres, muito pelo contrário, diversos indicadores mostram um avanço constante e consistente nos padrões de vida e consumo. O catastrofismo (interesseiro ou desinformado) da imprensa e ativistas não encontra respaldo na realidade.

3. Instinto de Linha Reta: nem tudo que aumentou no passado vai continuar crescendo no futuro, como marcas duramente descobriram com o fim da pandemia (estão aí os números das empresas de equipamentos para exercícios em casa e os aplicativos de reuniões por vídeo chamadas). Linhas retas são apenas um dos tipos comuns de gráficos, o que aumentou no passado possivelmente não irá seguir no futuro (inclusive o tamanho total da população).

4. Instinto de Medo: o medo está dentro de nós humanos, fez parte do sucesso da nossa evolução. Hoje pode nos atrapalhar ao imaginar equivocadamente que o mundo está mais inseguro, seja nos ares ou nos desastres naturais.

5. Instinto de Tamanho: números absolutos têm o poder de nos enganar, pois são grandes. E isoladamente eles conseguem nos levar a conclusões erradas, por isso compare com outros números e dados, coloque em perspectiva como taxas, usando da proporcionalidade para entender sua real força.

6. Instinto de Generalização: tratar diferentes como iguais pode levar a grandes distorções da realidade, então procure subdividir grupos grandes em menores para entender semelhanças. Lembre-se que maioria significa apenas mais da metade, o que é uma informação solitariamente muito fraca.

7. Instinto de Destino: tratar regiões e povos como fadados a um destino por causa de sua cultura, costumes ou história é outro erro clássico para julgar o mundo. Para ilustrar o fato, lembre-se (ou descubra) que a média de bebês por mulher no Irã (país muçulmano) é 1,6 e nos EUA (país liberal a métodos contraceptivos) é de 1,9.

8. Instinto de Perspectiva Única: duvide de suas ideias e se dê conta da falácia de conhecer bem uma área o torne um profundo conhecedor de todos os campos adjacentes. Até mesmo a democracia, claúsula pétrea de nossos valores liberais, parece não funcionar exatamente como uma garantia de sucesso econômico e social (e a falta dela não significa retrocesso nestes sentidos).

9. Instinto de Culpar: procure sempre causas, não culpados. O problema pode estar bem além dos suspeitos de sempre (empresas e capitalistas, por exemplo). E por outro lado, procure sistemas que funcionam e não heróis eventuais. Um sucesso raramente é resultado de um ato de solitário.

10. Instinto de Urgência: ligue qualquer canal de notícias 24 horas ou navegue por portais na web e este instinto será ativado em segundos. Quando riscos são apresentados como iminentes, desconfie. A urgência te leva a necessidade agir rapidamente, sem pensar e quase sempre de forma inconsequente e equivocada. Insista nos dados e números e desconfie de quem fale com precisão sobre o futuro.

Em resumo, este livro é indispensável no cenário atual, aonde a ignorância acaba movendo as pessoas nas direções opostas, tornando mais complicado encontrar formas inteligentes de agir. Aproveite!

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