Ainda há quem acredite ser possível ganhar dinheiro fácil? Certamente que sim. Basta olhar ao redor e encontrar dezenas de modelos de negócios baseados em pirâmides e retornos supostamente inacreditáveis. Muitas marcas foram construídas no passado para neste jogo de azar (e sorte para alguns) fazer a aposta certa. Aparentemente pode se pensar que ainda há “dinheiro solto sobre a mesa”. Mas quantas vezes você já achou uma nota de 100 perdida na calçada da sua cidade? Em tempos atuais de alto movimento, um improvável golpe de sorte.
Marcas não são mais a garantia de sucesso para seu negócio, assim como shakes não te fazem perder peso como por milagre. Ganhar dinheiro envolve talento, economia, trabalho árduo e sorte. Não necessariamente nessa ordem. A dureza da competição e do igual preparo de seus competidores leva o Branding para um outro nível. Como vemos em outras áreas, pense em médicos e advogados conversando com seus pares, o formalismo caminhou bastante pelo lado da gestão de marcas. Tal qual uma corrida armamentista, aonde uma nação se arma apenas pelo fato do vizinho ter feito o mesmo, em uma espiral crescente, as marcas e seus gestores sofisticam sua linguagem e ferramental. De repente, todo mundo está falando alto na festa, porque em algum momento alguém levantou o tom.
Então o jogo dos superlativos capturou o Branding também. De dinheiro fácil e garantido a trabalho sofisticado, ter uma marca tornou-se um signo de competição para os negócios. Termos e métodos novos como tendências de fast fashion poluíram a mesa da construção de posicionamento. Mas de tudo que saiu e pulou dessa caixa, algo parece que ficou preso lá dentro bem no fundo. O que decide o jogo são as decisões emocionais das pessoas. Em resumo, é na mente delas que ganhamos ou perdemos a batalha pela preferência. Aquelas decisões impensadas e automáticas sacramentam o destino da sua marca.
Danny Meyer do icônico Union Square Cafe dizia que os segundos iniciais são fatídicos. Aqueles breves momentos quando você entra no restaurante irão pautar grande parte da percepção que ao final você terá dele. Segundo o MoMA de NY, um visitante para em frente ao quadro do museu por breves 7 segundos em média. E grande parte das pessoas julgam outras por também 7 segundos e suas ideias por no máximo meio minuto. Definitivamente, não temos tempo a perder e isso se reflete nas impressões rápidas que tomamos acerca de diversos fatos que nos cercam. E não seria diferente com as marcas.
O que está acontecendo dentro dessa jaula do Branding? De lá você consegue ainda ver o circo ou os macacos te tomam toda visão e atenção? Não se esqueça jamais que o que importa são as pessoas e aqueles segundos da verdade diante da sua marca. Do jeito que sua telefonista fala agora mesmo com um consumidor insatisfeito ou como o estacionamento do seu negócio prioriza aquele prospect que pode vir a se tornar seu melhor cliente e que acabou de chegar lá. Ferramentas são ferramentas, métodos são métodos. Não é parafernália que vai salvar sua marca, mas sim as pessoas.
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