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Tentar agradar todo mundo pode ser a receita para o desastre

Você tem alguma dúvida que a música mudou? Há várias fontes para mostrar esse fato. Desde o formato em que a consumimos até a forma como ela é produzida. No meio disso tudo, uma indústria sofreu uma bela revolução, como falamos um pouco nesse artigo. Um fato curioso é que a super oferta de artistas, bandas e canções fez com que a disputa por espaço mudasse até a forma como o produto música se apresenta para o seu público. Um exemplo, anteriormente um refrão demorava dezenas de segundos, muitas vezes mais de um minuto, para surgir na canção. Hoje, precisa aparecer nos segundos iniciais, sob pena da música ser descartada com um toque de dedo na touch screen. Não há espaço para esperas.

 

A música é um paralelo adequado para marcas?

 

Outra mudança interessante, não necessariamente uma inovação, mas uma nova sugestão adotada como relevante. A combinação de estilos musicais dentro da mesma canção. Rap, sertanejo, reggaeton, funk. Tudo misturado em 3 minutos intensos. A vantagem? Agradar amantes dos ritmos simultaneamente e garantir que a música estará em diversas playlists temáticas. Aumenta a chance de você esbarrar nela e por consequência, curtir por trazer algum ritmo preferido. Parece perfeito, né? E se a mesma regra fosse utilizada para marcas. Vamos fundir o maior número de características de sucesso em um mesmo produto ou serviço, para agradar o máximo possível de pessoas e distribuir em o maior número possível de plataformas de venda. Parece a fórmula certa para criar um hit em branding. No entanto, observando a história das marcas de sucesso, vemos isso como uma exceção entre a regra. A regra. Marcas fazem escolhas, o que no dicionário dos negócios se chama de estratégia. No início disso, escolhem qual parcela das pessoas é mais propícia a comprar a ideia, a famosa segmentação. E depois de tudo, qual mensagem será levada para elas, o tal do posicionamento. Alguém pode falar em Coca-Cola, M&M’s ou Havaianas. Exceções.

Marcas, ao contrário de músicas, não podem se dar o luxo de serem sucessos por apenas algumas semanas, depois desaparecerem completamente, tanto que no semestre seguinte poucos lembrarem que um dia elas existiram. A corrida das marcas não é de velocidade, mas de distância. Para isso, outros fundamentos são importantes. O orçamento e os indicadores podem ser mensais. Sua marca, o investimento nela e a a força que ela tem para ajudar nos negócios não são. 

Para saber um pouco mais sobre essa tendência musical, confira aí:

https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2019/08/02/pop-de-playlist-condensa-generos-diferentes-em-3-minutos-para-dominar-listas-e-paradas.ghtml

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